Países da América do Sul firmam compromisso pela proteção social na Amazônia
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Foto: Mauro Vieira/MDSA
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Promover justiça social, igualdade e o uso sustentável dos recursos naturais da Região Amazônica. Estas são as principais propostas da Carta de Belém, assinada nesta sexta-feira (31) no encerramento do Seminário Pan-Amazônico de Proteção Social, na capital paraense, por oito países: Brasil, Suriname, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru e República da Guiana.
Por parte do governo brasileiro, o texto foi assinado pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Alberto Beltrame. Segundo ele, a carta dá visibilidade às necessidades de proteção social dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia.
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“Com a carta, damos visibilidade aos desafios que temos pela frente para promover realmente a inclusão, a proteção e o desenvolvimento econômico e, sobretudo, que seja um desenvolvimento sustentável para todos os povos da Amazônia”, enfatizou.
Beltrame destacou ainda que as políticas públicas precisam ser ajustadas à realidade local. Por isso, a importância do encontro. “Nós precisamos sair dessa fórmula pré-concebida, tanto do ponto de vista de financiamento das ações quanto do ponto de vista de estrutura e infraestrutura. Todas as unidades da assistência social precisam ser customizadas para atender à realidade da região”, afirmou.
O subdiretor-geral para Superação da Pobreza e Prosperidade Social da Colômbia, Julián Torres, salientou que a preocupação com a Amazônia deve ir além dos países que integram a região. “Temos que pensar em fazer um trabalho diplomático e do mais alto nível. Temos que pensar em tomar decisões politicamente responsáveis de todo mundo com a Amazônia e, nesse sentido, temos uma responsabilidade enorme”, disse.
No documento, os países recomendam a realização de novas edições do seminário, com sede alternada entre os países. O objetivo é difundir as ideias da Carta de Belém e envolver novos atores na discussão. A próxima edição acontecerá em 2018, no Peru.
Para ler a Carta de Belém pela Proteção Social na Amazônia, clique aqui.
Pan-Amazônico
Mais de 200 especialistas, gestores da assistência social, representantes de povos e comunidades tradicionais, movimentos sociais e organizações internacionais participaram do Seminário Pan-Amazônico. O objetivo foi promover a troca de experiências sobre proteção social na Amazônia.
O evento foi promovido pelo MDSA em parceria com Banco Mundial, Unesco, Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), Iniciativa Brasileira de Aprendizagem por um Mundo sem Pobreza (WWP), Marinha do Brasil, Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda do Pará e prefeituras de Belém, Barcarena e Acará.
Confira aqui mais informações sobre seminário. |
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Transferência fundo a fundo das emendas parlamentares
As transferências voluntárias de recursos originárias de emendas parlamentares passarão a ocorrer de forma simplificada. O MDSA publicou nesta semana a Portaria nº 130 que permite a transferência dos recursos por meio da modalidade fundo a fundo. A medida também dará mais agilidade aos processos de transferência voluntária de recursos de programação orçamentária própria.
Cada emenda deverá ter um valor mínimo de R$ 50 mil para municípios com até 50 mil habitantes. Para municípios maiores, de até 900 mil habitantes, o valor mínimo é de R$ 100 mil. O mesmo limite será aplicado para as metrópoles, que têm mais de 900 mil habitantes. Os recursos serão transferidos diretamente para os Fundos de Assistência Social dos estados, Distrito Federal e municípios.
As transferências poderão ser feitas por meio da modalidade incremento temporário, em que os recursos são usados para custeio das unidades públicas ou das entidades e organizações de assistência social. Outra maneira é por meio da modalidade de estruturação da rede. Neste caso, a verba será destinada para aquisição de equipamentos permanentes das unidades.
Mais informações no blog do Fundo Nacional de Assistência Social. |
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Inclusão cadastral dos beneficiários do BPC
Desde novembro de 2016, com a entrada em vigor do Decreto 8.805/2016, tornou-se obrigatória a inscrição de beneficiários e requerentes e de suas famílias no Cadastro Único para concessão e manutenção do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Ao longo do ano de 2017, devem ser incluídos os beneficiários idosos e, em 2018, as pessoas com deficiência. A Instrução Operacional (IO) nº 24, de 08 de março de 2017 detalha como as gestões municipais devem agir nessa ação.
Para nortear a atuação cadastral, foram disponibilizados no SIGPBF as listagens dos beneficiários idosos que se encontram fora do Cadastro Único e que devem ser incluídos neste ano. Os idosos serão convocados a realizar seu cadastro preferencialmente no mês de seu aniversário, para que se evite uma grande procura aos postos de cadastramento ao final do período.
Confira mais informações.
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