Foto: Lia de Paula/MDS
MDS termina 2017 com o maior repasse da história para a assistência social
O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) fecha o ano de 2017 com um repasse de mais de R$ 2,81 bilhões para os fundos Estaduais e municipais de Assistência Social. É a maior transferência de recursos da história para o Sistema Único de Assistência Social (Suas). Até o fim de dezembro, Estados e municípios vão receber a última parcela do montante, no valor de R$ 1,3 bilhão. O total dos repasses salda todos os pagamentos atrasados de 2016 e 2017, regularizando o cofinanciamento junto às gestões.
Ao longo dos últimos dois anos, em um esforço conjunto, o MDS e a área econômica do governo federal conseguiram quitar as dívidas que se acumulavam também em cerca de R$ 1,3 bilhão, referentes aos anos de 2014 e 2015. O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, afirma que o equilíbrio das contas é resultado da boa gestão governamental e do aperfeiçoamento no controle dos gastos públicos.
“Ao contrário do que algumas pessoas dizem por questões políticas, não estamos tirando dinheiro da assistência social. Estamos empenhados, dia e noite, em melhorar os recursos da área. Conseguimos agora essa liberação e vamos quitar praticamente todos os atrasos que existiam”, enfatiza o ministro.
“Com o investimento, as famílias atendidas pelo Suas continuarão a contar com o acompanhamento da rede socioassistencial em 100% dos munícipios. Além das mais de 10 mil unidades públicas de atendimento, o sistema conta com aproximadamente 18 mil entidades privadas prestando serviços socioassistenciais.
De acordo com a secretária nacional de Assistência Social do ministério, Carminha Brant, é importante destacar o compromisso do governo federal com a Política Nacional de Assistência Social ao zerar os repasses atrasados do Fundo Nacional de Assistência Social. Para ela, o governo federal conseguiu cumprir o acordo que muitos achavam que não seria honrado.
“Quem está na base da política são os municípios, que prestam os serviços diretos à população. Sem a transferência do dinheiro fica muito difícil para eles cumprirem a missão de ofertar o acompanhamento socioassistencial para os brasileiros de mais baixa renda”, lembra a secretária.
Agora, Estados e municípios podem garantir à população a continuidade dos atendimentos. Segundo Marlos Costa, secretário de Desenvolvimento Social em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, o repasse também é importante para que o município possa ampliar os serviços. “Toda a rede se sente fortalecida com o compromisso do governo federal de executar a integralidade do orçamento para a assistência social”, ressalta.
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Beneficiários do BPC têm até 2018 para fazer inscrição no Cadastro Único |
Os idosos acima de 65 anos e as pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) devem estar inseridos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. É o que determina a Portaria Interministerial n° 5/2017, publicada na última terça-feira (26) no Diário Oficial da União.
O cadastramento pode ser feito até dezembro de 2018 nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) ou nos postos de cadastramento dos municípios.
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Foto: Rafael Zart/MDS
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Caso o beneficiário tenha alguma dificuldade de deslocamento, a inscrição pode ser feita pelo responsável familiar. Basta apresentar o CPF de todas as pessoas que moram na residência com o beneficiário.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, a medida cumpre uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) e vai aperfeiçoar a gestão dos benefícios sociais. “Com os dados inseridos no Cadastro Único, temos as informações atualizadas dos beneficiários, o que nos permite administrar melhor os recursos”, afirma Terra.
Em novembro, mais de 4,5 milhões de pessoas receberam o BPC. Destes, 2 milhões são idosos e 2,5 milhões são pessoas com deficiência. Do total, mais de 2,3 milhões já estão no Cadastro Único e 2,1 milhões ainda precisavam realizar o cadastramento.
Cadastro Único
O Cadastro Único – a porta de entrada para mais de 20 programas sociais – é um instrumento que identifica as famílias de baixa renda, permitindo que o governo conheça melhor a realidade socioeconômica de cada uma delas. Nele, são registradas as características da residência, a identificação de cada pessoa, a escolaridade, a situação de trabalho e renda, entre outras informações. |
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